Dizem-me sempre da incompatibilidade
entre as ideologias conservadora e liberal, quando me declaro adepta de um partido que perfilhe as duas correntes. Ainda ninguém me convenceu dessa impossibilidade.
Margareth Thatcher provou, como antes o fizera Churchill, com sucesso, que esse é um caminho viável, e até recomendável.
Conservador naquilo que são os grandes valores e princípios, adaptados ao tempo presente, mas permanecentes na essência; liberal no querer um Estado que deixe espaço a que cada um cresça sem peias sufocantes, reconhecendo, porém, a necessidade de um Estado musculado.
Um caminho que, depois que foi reinstaurado em Portugal o sistema multipartidário, nunca foi experimentado; antes se insiste na receita que levou à criação do tão falado " monstro ", mas que nenhum " homem do leme " tem coragem de enfrentar, neste mar cada vez mais revolto.
Não haverá alternativa ao por demais conhecido " mais do mesmo "?