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Novo Rumo

Novo Rumo

07
Ago09

Confesso que tive esperança numa mudança real

Cristina Ribeiro

quando o PSD se coligou com o CDS para formarem governo. E o que se passou depois foi a desilusão- a palavra utilizada por Lobo Xavier, no último « Quadratura do Círculo ». Que começou com a fuga de Durão Barroso, em quem tantos portugueses confiaram para nos tirar daquilo que ele mesmo chamou " País de Tanga ", mas o descarrilamento continuou, e o resultado é agora o equivalente àquele dito " atrás de mim virá quem de mim bom fará ". A nossa esperança, que teima em não morrer, é que os dois partidos tenham crescido -e já têm idade para ter juízo -, apesar das trapalhadas que têm vindo ao de cima, e que nos fazem  pensar que todos são iguais - uns mais iguais do que outros é certo; birras infantis não têm faltado. Que daqui até 27 de Setembro façam um exame de consciência, que os faça mudar de rumo,  é o que podemos desejar, mas o que tenho ouvido dos dirigentes do principal partido de oposição, mais exposto à lógica mediática, não tem sido de molde a sossegar-me...

07
Ago09

A política portuguesa e a arte de não pensar as coisas pelos nomes

Elisabete Joaquim

No seguimento do post anterior, (sobre porque é que partidos de auto-proclamada “direita” não se assumem como socialistas apesar de o serem), interessa-me mais perceber como é possível que não haja sobre isso uma consciência generalizada, e os efeitos que isso tem no debate político em Portugal.

 

Não pode haver “novos rumos” sem que isso dependa do conhecimento das actuais coordenadas daquilo que se pretende mover para outro ponto, tal como mudanças na direcção dos assuntos políticos em Portugal não se podem fazer sem a consciência da ideologia de que partimos.

 

Ora, o que acontece é que os partidos (incluo militantes e simpatizantes) de direita portugueses estabelecem as suas coordenadas de forma relativa a outro partido-irmão (o PS), tendo acabado por esquecer a consanguinidade ideológica para se referirem a si mesmos como (relativamente mais à) “direita”. Com esta estratégia de definição, o PSD posiciona-se no mercado partidário português seguindo os critérios da elegibilidade, em concorrência com um produto semelhante a si próprio, aumentando assim a probabilidade de seduzir habituais consumidores insatisfeitos.

 

Mas o problema de perder referências absolutas à ideologia de base acarreta um grave empobrecimento do debate político, logo da riqueza da democracia. Copiando o raciocínio da definição através de coordenadas relativas, os media qualificam de extrema-direita (com todos os tabus associados à designação), qualquer espectro político (relativamente) mais à direita que o PSD (nota para o desconforto com que a TVI 24 desconvidou o presidente do PNR para um debate, sem falar da ausência generalizada do partido na maior parte dos medias), estimulando a tendência para uma cada vez maior uniformização do leque ideológico em Portugal, com partidos como o CDS cada vez mais preocupados com a mão do Estado no social, e com a infertilidade do terreno político português em criar e fazer crescer partidos de ideologias diferentes.

 

Termos perdido o Norte no que toca à auto e hetero definição dos partidos revela um Portugal pouco filosófico e pouco preocupado com questões de fundo ético-políticas.

 

Retomar o Norte, isto é, assumir as coordenadas ideológicas dos partidos em absoluto e não relativamente à oferta já existente, é um passo necessário para que possamos tomar consciência da oferta ideológica em Portugal (muito pouco rica), o que só por si recolocaria o debate político naquilo em que ele deve estar essencialmente centrado: a livre concorrência entre morais.

07
Ago09

Portugal precisa de mais e melhor democracia

zedeportugal

e, principalmente, de quem lute por ela.

 

Aceito o convite/desafio que me foi feito para colaborar neste projecto - não obstante isso vir provavelmente a traduzir-se em (ainda) menos horas de sono.

 

As razões por que o faço são as constantes neste outro (formidável) texto, de que deixo aqui apenas uma breve transcrição:

Democracia não é o que temos. Democracia é o que FAZEMOS.

Por todo o mundo as pessoas estão a rejeitar a tirania. Entretanto, aqui pela nossa terra parece que a democracia não está a funcionar. A afluência às urnas afunda-se, o debate público torna-se abjecto e a nossa democracia parece tolhida perante o avolumar de problemas sociais.

Quanto mais os cidadãos se afastam da participação pública, mais os políticos os ignoram. Quanto mais irresponsavelmente os políticos agem, mais os cidadãos se afastam em raiva e desespero.

Mais importante do que os seus aspectos formais (como por exemplo as eleições), a democracia precisa de ser vista como uma maneira de viver, uma cultura cívica na qual o povo participa criativamente na vida pública.

07
Ago09

Um país governado à esquerda

António de Almeida

   -Há poucos dias o Conselho Nacional de Ética rejeitou através de parecer redigido por Daniel Serrão e João Lobo Antunes, o projecto-lei socialista do testamento vital. Agora o governo não reconduziu no cargo o prestigiado neurocirurgião, Conselheiro de Estado e antigo mandatário da candidatura presidencial de Cavaco Silva, causando alguma perplexidade em Belém. Desconheço se existia de facto algum compromisso entre a Presidência da República e o executivo, nesta questão em concreto, mas há pelo menos três décadas que o poder em Portugal é partilhado pelos dois partidos socialistas, no início da década de 90 dizia-se que para concorrer a um qualquer lugar no Estado era necessário ser titular do cartão laranja, substituído na segunda metade da década pelo rosa. Esta visão que alguns políticos, nomeadamente a esquerda, tem do país, está na base do atraso estrutural de que Portugal enferma, exemplos não faltam, da nomeação do Provedor de Justiça ao centro de saúde de Vieira do Minho, passando pelo Museu Nacional de Arte Antiga, a forma como o PS coloca os seus boys nos jobs disponíveis é despudorada, e por demais evidente, no entanto olhando para a forma como arrumaram a casa na Rua de Buenos Aires, bem patente na elaboração das listas de candidatos a deputados, onde imperou o amiguismo, a alternativa é tudo, menos entusiasmante.

07
Ago09

Há pouco, Maria de Belém Roseira,

Cristina Ribeiro

na Sic-Notícias:  " Manter a confiança entre eleitores e eleitos "; mas em que País das Maravilhas vive a senhora? Quando se sabe, à saciedade, que a A.R. é uma casa cheia de gente pouco confiável, desacreditada? Num momento em qque até já temos acesso às sem vergonhices que lá abundam. como ficou evidente no Inquérito Parlamentar ao caso BPN.

 

( Também publicado no Estado Sentido )

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