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Novo Rumo

Novo Rumo

09
Ago09

A figura chave do próximo governo,

zedeportugal

seja ele qual for, será o ministro da Economia e Finanças – dito assim, sem lapso algum. Como alguns (poucos?) saberão, a Economia nacional está à beira do ponto de não retorno – e já teria provavelmente claudicado e sido entregue (novamente) nas garras do FMI, não fora a muleta europeia.

Portugal não precisa mesmo (nem nunca precisou, enfim!) é de mais dois ministros como estes que infelizmente tem tido, um das campanhas “allgarve” e “west coast”, acompanhado pelo outro “dos impostos”, “da recuperação do défice nem que isso nos mate” e das soluções “de sebenta” para todos os problemas. Se do primeiro já não há mais nada a dizer – após o incidente dos dedinhos – para ilustrar a sua enorme... hum, desadequação(?), do segundo ainda mal se começou a falar – pelo menos nas análises cá de dentro, pois lá de fora o Finantial Times já nos avisou há muito tempo que temos “o pior ministro europeu das Finanças”.

Portugal precisa, absolutamente, é de alguém que pare a vampirização estatal dos que querem empreender e trabalhar, criar riqueza e emprego; de alguém que promova o primado da Economia “da procura” (market economy) e “da produção” (Econometrics) em vez da Economia “da oferta” (supply-side economics) e “de comando e controle” (centrally planned economy); de alguém que preconize novos paradigmas de desenvolvimento adaptados à realidade portuguesa, em vez dos modelos dos manuais de Economia – porque as receitas dos livros só podem ser cozinhadas quando se possuem todos os ingredientes nas quantidades ali indicadas, coisa que nunca acontece em casa de gente pobre. Sim: nós portugueses (nação e território) não somos ricos – a não ser, talvez?, em ideias – ao contrário do que propalam os políticos do discurso mentiroso e demagógico travestido de optimismo. E, infelizmente, afugentamos sistematicamente para o estrangeiro as pessoas com as melhores ideias...

Nenhuma civilização se desenvolveu, nem poderia fazê-lo, sem resolver os problemas fundamentais da satisfação das necessidades humanas básicas; do mesmo modo, ninguém (em seu juízo perfeito) se dedica à investigação de micro-processadores se não puder garantir o seu sustento (no mínimo, comida e abrigo). Mas, é exactamente isso que tem sido preconizado pelo actual governo socialista para este pobre país. As actividades produtivas de base (agricultura, pescas) são negligenciadas, tal como as indústrias de base, e o governo socialista preconiza “o desenvolvimento” através de muito apregoados e pífios “planos tecnológicos”.

Consigo lembrar-me de 2 ou 3 pessoas capazes de fazer  as imprescindíveis mudanças do modelo de desenvolvimento económico em Portugal. Não vou apontar nomes, obviamente, mas alguns saberão quem são os que correspondem ao perfil descrito. Posso, no entanto, acrescentar (embora fosse, provavelmente, desnecessário) que nenhum deles é do partido socialista.

 

Este texto foi também publicado aqui.

09
Ago09

A retórica e a prática

Jorge Assunção

“Um governo corajoso devia acabar com este no primeiro dia da governação”. Isto, segundo Hugo Costa no Simplex, terá afirmado Pacheco Pereira, em 2001, a propósito do rendimento mínimo garantido (RMG). O que vem muito a propósito do meu texto anterior. O problema foi que o PSD chegou ao governo e, na lógica muito portuguesa do não vou fazer, mas vou fingir que faço, pouco mais fez do que trocar-lhe o nome. A resistência à mudança é grande, mas os governos (exemplo máximo no actual executivo), gostam de ser associados à palavra reforma, por isso, fazem o melhor que sabem: fingem que reformam, sem nada reformar. E isso é possível porque o povo português também queixa-se do que há, mas quando chega à altura concreta, naquilo que conta, de verdadeiramente mudar algo, preferem que tudo fique na mesma.

Hugo Costa, obviamente, acha que Pacheco Pereira revelou insensibilidade social quando fez essa proposta, isto poque o agora rendimento social de inserção, obteve "claros resultados na diminuição das desigualdades sociais, aproximando os 10% mais ricos dos 10% mais pobres" e porque "tem permitido a resolução de problemas de pobreza extrema e capacitação para a emancipação social". Ora, sobre o primeiro ponto, muito havia a referir. Em primeiro lugar porque não é certo que as desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres tenham diminuido por causa do RMG, mesmo porque este serve acima de tudo como um mecanismo que perpetua a pobreza, no sentido em que desincentiva as pessoas que dele usufruem a procurar melhor. Mas, mesmo dando de barato que assim foi,  como qualquer bom socialista, Hugo Costa deverá preferir uma sociedade pobre, mas igualitária, onde todos ganhem por igual, do que uma sociedade rica, onde exista diferenciação de rendimento, mas todos tenham rendimento elevado. É essa a sensabilidade social de Hugo Costa. Quanto ao segundo ponto, admito que o RMG sirva para ajudar algumas pessoas em pobreza extrema, da mesma forma que serve para isto: "90% da população activa residente na Quinta da Fonte beneficia do Rendimento Social de Inserção [...] no entanto, basta passar pelo bairro para ver automóveis e carrinhas novos cujo valor ultrapassa, em vários casos, os 30 mil euros".

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