-O Samuel de Paiva Pires faz referência num post abaixo às 4 perguntas certeiras do CDS/PP, vou aqui centrar-me na terceira, "Porque é que os criminosos têm mais direitos que os polícias?" A resposta não é simples, existe um preconceito ideológico herdado do PREC, que teima em ver no agente da autoridade um inimigo da liberdade, confundindo esta com libertinagem, esquecendo uma regra básica, o conceito de Estado apenas encontra justificação para a sua existência, se garantir a um grupo alargado de indivíduos que habitam um território, um conjunto de Direitos, a troco de alguns deveres, à cabeça dos quais está a integridade física, protecção patrimonial e de propriedade. Recentes alterações nos Código Penal e Código do Processo Penal ofereceram amplas garantias a criminosos, visando reduzir custos optou-se por colocar delinquentes em liberdade, através de penas alternativas ou diminuindo o tempo de encarceramento, perdendo-se assim parte do efeito dissuasor sobre os marginais, cada vez mais à vontade para este tipo de comportamento. Em simultâneo os agentes da autoridade estão cada vez mais condicionados, quando disparam logo aparecem em defesa do bandido, os intelectuais da esquerda moderna e demais crentes nos amanhãs que cantam, procurando explicar com fenómenos sociológicos de exclusão, comportamentos intoleráveis num Estado de Direito, de preferência condenando o polícia, que trabalha em risco permanente, mal remunerado e pior equipado. Sem transformar Portugal num Estado policial, o caminho passa a meu ver por agravar duramente as penas de prisão, reforçar a autoridade dos agentes das forças de segurança, dotá-los de meios mais eficazes de patrulhamento e vigilância das nossas cidades, até agora infelizmente o investimento recaiu apenas sobre radares e viaturas descaracterizadas, para "caçar multas" a incautos automobilistas.