Mais cedo ou mais tarde (e, quanto mais tarde pior) algum governo – quiçá, até poderia ser já o próximo? – irá perceber a lição que a História está fartinha de nos dar: que o crescimento económico de um país tão pequeno como Portugal só pode fazer-se à custa da ocupação de território mais amplo.
Mas, cuidado! A diáspora deixou de ser solução, mesmo aquela que tem sido tão incentivada pelo actual governo socialista (espero que brevemente, apenas de má memória) para Angola.
Porquê Angola? É tão simples como isto: porque a nova emigração para a Europa – e quem diz Europa, poderia dizer Austrália, Nova Zelândia, ou qualquer outro país onde as condições existenciais sejam mais favoráveis que por cá – já não envia para Portugal o seu aforro.
E, porque já não é solução a diáspora? Porque o país se colocou numa situação de dilema fatal: exporta os seus melhores e mais jovens efectivos populacionais para obter capital, mas precisa desesperadamente desses efectivos para construir o seu próprio futuro.
O que fazer, pois, perante este dilema?
(continua)
Nota: Até porque ainda nem sequer falei de Pareto, como terão reparado.
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