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Novo Rumo

Novo Rumo

27
Set09

Maior derrotado: Portugal

P.F.

Observações daqui do sofá:

 

  • as expectativas dos socialistas são, como sempre, baixinhas. A falta de condições de governabilidade serve-lhes, desde que ganhem por mais votozinhos.
  • os maiores derrotados deste carnaval foram Manuela Ferreira Leite e os comunistas, cuja derrota tem sido protelada por circunstâncias anormais em actos eleitorais anteriores. Quanto à primeira, porque perante uma governação abjecta por parte do adversário principal não conseguiu melhor do que em eleições posteriores a uma governação vergonhosa do seu próprio partido.
  • a extrema esquerda triunfa com cerca de 10% em clima de caos, de ignomínia e de medo. Os totalitarismos são fundados em climas de crise generalizada e de falta de politização das massas.

O cenário de futuro não se afigura nada bom, pois as políticas socialistas terão o beneplácito das bancadas de esquerda, o que poderá determinar o estilo de governação. Em suma, Portugal perdeu, mais uma vez.

 

 

ADENDA (22.24): à hora em que redigi este post ainda não estava prevista, aliás só agora poderá estar confirmada, a posição do CDS-PP como terceira força nacional - embora numa luta taco a taco com o BE. Este facto não altera em muito aquilo que foi escrito, mas a pressão da esquerda, neste caso,  não será tão acentuada no resultado do escrutínio público nem pela representação no Parlamento.

27
Set09

O egoísta dos sortilégios

Nuno Castelo-Branco

  

 

São 18.40h de Domingo e estamos a escassos minutos do encerramento das urnas. De toda esta campanha eleitoral, apenas há a reter um facto político e institucional que se torna incontornável: a tomada de posição do sr. Cavaco Silva.

 

O que o residente de Belém fez esta semana ao seu Partido, demonstra bem o arreigado espírito de escondida empáfia que desde sempre regeu todos os seus actos. Desde a famosa e alegadamente inocente "rodagem do automóvel" numa viagem que o consagraria como presidente do PSD, tudo aquilo que disse, planeou e realizou, deveu-se única e exclusivamente a uma ambição desmedida e disfarçada por silêncios comprometedores, total ausência de um projecto dedicado ao país que lhe deu a proeminência desejada. Sendo uma espécie de buraco negro que faz colpasar toda a matéria atraída à sua órbita, tem sido o principal responsável de um imenso rol de desastres que transformou o Partido naquilo que hoje é, um corpo amorfo, decadente e esvaziado de qualquer tipo de energia. Deixou S. Bento, para logo se referir ao PSD como ..."esse Partido", após o que teve a ousadia de se apoiar na sua estrutura para tentar conquistar Belém. Ao longo dos anos manteve-se numa aparente mudez, enquanto algumas direcções social-democratas iam sendo destruídas, quais bonecos de cera atirados à fogueira por um feiticeiro de sombrios sortilégios ou de vudú. Em proveito próprio, cunhou a "má moeda" que depois denunciou como falsa ou sem préstimo. Diz-se que odeia de morte quem ao longo de anos denunciou aquilo que é normal numa democracia consolidada: escândalos, compadrios, ilegalidades em catadupa e todos os  excessos de um poder que já enlanguescia e por isso mesmo se tornava mais agressivo.

 

Esta semana, o homem que jamais terá ouvido falar de Maquiavel, tornou-se no"príncipe" que é precisamente o oposto do conceito que impõe a velha e sempre desejável máxima "nós somos livres e o nosso rei é livre".

O resultado das eleições é ainda uma incógnita e por isso mesmo torna-se lícito colocar o problema na evidência que bem merece. Como pode a direita confiar neste homem de um egoísmo e capacidade de reserva mental tamanha? 

 

No dia em que Vasco Pulido Valente alerta para o facto de ..."os cem anos de república (que se comemoram a 5 de Outubro) são também os cem anos do fim da monarquia", há que dizer abertamente que se vivêssemos numa sociedade democraticamente normal, esta noite os partidos da direita declarar-se-iam a favoráveis à instauração da Monarquia. Depois, logo se via.

 

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