Raiz dos problemas
Os posts de Hugo Mendes, no Simplex, são um bom exemplo da esquerda que nos tem governado nos últimos anos. Alguns exemplos:
Desta nossa fraca orientação para o exterior
Hugo Mendes acha que as empresas não exportam por preferência e por uma fraca orientação para o exterior? É isso? E nada melhor que o Estado para alterar as preferências e orientar, ou deverei dizer antes obrigar, as empresas a exportar? De facto, numa coisa concordo com Hugo Mendes, o Estado é a chave para resolver o problema, mas parece que Hugo Mendes não coloca a hipótese de que existem empresas que adorariam exportar e alargar o seu mercado lá fora, mas que quando tentam, falham. E falham porque não são competitivas - no fundo, o que discutimos quando nos referimos ao problema das exportações nacionais é esse mesmo, o da nossa baixa competitividade. Mas as empresas exportadoras nacionais não são competitivas por factores exógenos às próprias, nomeadamente por questões relacionadas com o mercado de trabalho e as leis fiscais do seu país de origem. Hugo Mendes, em vez de pretender alterar o mercado de trabalho e a fiscalidade, parece considerar que tal resolve-se com subsidios. É, afinal, a solução socialista para tudo: subsidiar, subsidiar, subsidiar. Claro que isso tem um preço: impostos, impostos, impostos. Se o objectivo é atolar-no na lama, meus amigos, caminho aberto: votem PS.
Já agora, e só porque os posts do Hugo Mendes são demasiado bons para não os aproveitar, quando este diz:
Fica a pergunta: porque será que o mercado dos bens não transaccionáveis tem tido tanto sucesso no nosso país e as nossas empresas têm-se dado bem com ele? Porquê que a aposta neste sector tem sido confortável para as nossas empresas? Ora adivinhem? Porque os sucessivos governos, especialmente os do partido socialista, têm protegido o sector e gerado incentivos para as empresas adoptarem esse comportamento. Mas não se preocupem que o PS tem agora a solução do problema.