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Novo Rumo

Novo Rumo

04
Out09

Continuar?

Ricardo Cataluna

Ainda há gente dentro do PSD que não percebeu o que é que se passou no passado dia 27. Para quem ainda não percebeu, Manuela Ferreira Leite deixou de ser líder do PSD nessa mesma noite. Ponto. Pode levar mais ou menos dias a sair, mas a sua liderança ficou irremediavelmente compremetida. Só uma liderança muito trapalhona perde umas eleições para este PS, ainda mais nas circunstâncias sociais, económicas e até políticas.

Ver figuras destacadas do partido defenderem a continuidade de Manuela Ferreira Leite, é como dizer que se vai para Londres no Titanic. Ninguém leva a sério.

23
Set09

Isto é boa moeda?

António de Almeida

   -Após a surpreendente vitória do PSD nas eleições europeias o país ganhou alento, de repente passou a existir uma fundada esperança em afastar José Sócrates, colocando um ponto final nas mentiras e trapalhadas de um governo obcecado com a propaganda. O bom senso recomendaria ao principal partido da oposição, que procurasse mobilizar as hostes, unindo todos os militantes em torno da liderança, no entanto cedo se percebeu que a estratégia traçada, inspirada em doutrina filosófica herdada do maoísmo com algumas adaptações, apontava no sentido da dupla conspiração, externa, acusando de situacionismo todos os que não colaboravam, interna, inventando a teoria do divisionismo, que justificou a purga de destacados militantes nas listas de candidatos a deputados, a par da lealdade canina demonstrada com a inclusão de pessoas que a prudência e bom senso, já nem falando em pudor quando se faz da verdade uma bandeira, recomendariam a exclusão. Com naturalidade surgiu na agenda a asfixia, as alegadas escutas serviriam para confirmar a tese, a qual ruiu como um castelo de cartas quando o Presidente da República recusando o envolvimento, demitiu o assessor de quem alegadamente terão partido as denúncias, ao que parece existe uma outra fonte, não surpreende face à teia de lealdades existentes entre a Casa Civil da Presidência e alguns dirigentes do PSD. Procurando sobreviver politicamente ao inevitável ajuste de contas que se seguirá às eleições, após um mais que previsível mau resultado, está já em marcha a teoria do bode expiatório, atirando para outros, nomeadamente Cavaco Silva, a culpa pelo fracasso.

22
Set09

A campanha do PSD

António de Almeida

   -Pedro Passos Coelho apareceu na campanha do PSD em Vila Real, sem aviso prévio, apoiando o seu partido de sempre. Irá Pacheco Pereira, que ainda não estendeu a mão a Miguel Relvas em Santarém, considerar o gesto como falso, hostil ou contribuição para o situacionismo? Manuela Ferreira Leite tentará nesta recta final de campanha desvalorizar a questão das alegadas escutas telefónicas, após Cavaco Silva ter afastado o assessor de comunicação Fernando Lima, sem mais explicações, procurando evitar que a decisão do Presidente da República condicione o partido.

21
Set09

Ignorar os irrelevantes caducos

António de Almeida

   -Não costumo escrever sobre família, porque ninguém ao nascer escolhe os progenitores, mas neste caso posso perfeitamente afirmar que tal pai, tal filho, a falta de educação por ali deve ser algo genética. João Soares discursando na passada semana disse que a escolha era entre José Sócrates e a outra senhora, mais tarde veio o patriarca do clã, Mário Soares chamar fanática e irresponsável a Manuela Ferreira Leite. Fez bem a líder do PSD em não atribuir importância ao cada vez mais irrelevante antigo Presidente da República, que já em tempos afirmara ao perder uma eleição, que Nicole Fontaine fizera um discurso de dona de casa, à medida que os anos passam vai faltando tolerância, aumenta o radicalismo, é pena, mas a decadência nunca é um espectáculo bonito de assistir.

20
Set09

Centrão ameaçado

António de Almeida

  -O bloco central de interesses está ameaçado, pressentindo o perigo de crescimento de outros partidos o PS foi o primeiro a dramatizar o apelo ao voto útil, acenando ao povo de esquerda com o perigo do governo ir parar à Direita, agora vem o PSD pela voz de Marcelo Rebelo de Sousa fazer discurso idêntico de sinal contrário. Percebo-os, PS e PSD estão habituados a partilhar lugares no Estado, não querem agora repartir o bolo com outros...

12
Set09

Resumindo e concluindo: as pessoas são diferentes

Cristina Ribeiro

e incompatíveis, mas as políticas não: se, por algum motivo, algum deles sair, o centrão aí estará de novo.

 

Adenda:  " Os portugueses já sabiam que  as eleições serão uma luta  entre PS e PSD", disse José Sócrates. É que o rotativismo que nos colocou neste estado miserável tem de continuar.

Até se bater no fundo ( temo que, a continuar este regabofe, não demore muito )

11
Set09

Cretinismo apainelado ao sponsor

Nuno Castelo-Branco

 

 

Segui em diferido,  o debate televisivo entre Manuela Ferreira Leite/Paulo Portas. Estava no ginásio e enquanto pedalava para o necessário aquecimento, escutei os comentários dos apainelados da SIC, entre os quais pontificavam a senhora Clara Ferreira Alves (uma conhecida Dra.) e o senhor Ricardo Costa (mais um conhecido Dr.). Com a moderação de Mário Crespo, este debate foi capaz de durante uma hora, apresentar ao país a dissecação de um outro que afinal, não existiu!  Ao chegar a casa, vinha com a sensação de uma esmagadora vitória de Paulo Portas que segundo aquilo que foi transmitido pelos apainelados da SIC balsemeira, trucidara a "desajeitada" dra. Manuela.

 

Pesquisei na net e lá descobri a gravação do frente-a-frente que em nada se assemelhou ao que o comentareirismo oficialóide quis fazer transparecer. Paulo Portas esteve bem, como sempre. Foi claro e incisivo - sem qualquer laivo de grosseria ou falta de respeito, o que aliás, não faz o seu estilo - e desfiou num bem conseguido resumo, as medidas que o CDS procurará implementar se for governo. Números precisos, linguagem acessível a todos, os temas que há muito são da sua eleição - pensionistas, agricultores e segurança - e a desejável auto-confiança que geralmente lhe propicia um êxito muito superior às manigantes expectativas dos seus adversários. 

 

Manuela Ferreira Leite deve ter surpreendido muitos indecisos. Esta Senhora é um verdadeiro quebra-cabeças para apainelados aficcionados e promotores do gajismo militante de uma meia dúzia de sirigaitas que vão alternando nos escaparates das listas parlamentares.  Apresentou-se bem arranjada - como sempre -,  sorridente e amistosa quando necessário e compenetrada na análise da actual situação. Foi moderada quando se referiu ao seu principal adversário - José Sócrates - e chamou a atenção para a calamitosa situação em que centos de milhar de portugueses se encontram, apelando ao bom senso e fazendo ver a imperiosa necessidade de acudir aos casos prementes e mais urgentes. Ao contrário daquilo que o PSD sempre foi e é, mostrou o rosto humano que se compadece com o sofrimento alheio e pela primeira vez nesta pré-campanha, ficámos com a sensação de "o Partido" ter ficado como algo de longínquo ou instrumental, embora necessário para a prossecução de um programa de emergência. De facto, MFL foi a face do estadista que devia ser a norma de todos os agentes políticos. O problema não é ela e sim o PSD. Firme e segura das suas convicções, não cedeu às alfinetadas da Sra. Judite de Sousa (a conhecida "chefa" de redacção, a Dra. Seara), nada prometeu e conseguiu desligar-se da habitual abstracção dos "grandes princípios" ideológicos que regem as forças partidárias - onde geralmente se atolam  lunáticos como o sr. Louçã - , para atender à realidade da miséria, do desperdício e da racionalização dos recursos. Foi quase maternal.

 

Além das sondagens fabricadas ao sabor de ditames mais ou menos identificados, estes apainelamentos são afinal um prolongamento dos ditos estudos de opinião. Gente perfeitamente arregimentada e comprometida, que faz nitidamente o jogo de quem mais prejudicado poderá ficar por um bom resultado de MFL. Ontem, a desfaçatez foi nítida, manipuladora e vergonhosa a roçar a indecência. Num debate onde não houve nem seria previsível haver um vencedor ou um vencido, ficou apenas o triste registo de um simulacro de jornalismo mercenário, de gente que serve a agenda plutocrática de terceiros, provavelmente os sponsors do costume.

 

Agora, muito dependerá do debate Portas/Louçã - o terceiro lugar é uma tentadora perspectiva para ambos - e o de amanhã, Sábado, quando possivelmente saberemos quem será o previsível vencedor no dia 27 de Setembro.

 

 

09
Set09

Mais perto do bloco central

António de Almeida

   -José Sócrates deu um importante passo rumo à vitória nas legislativas ao derrotar Francisco Louçã no debate ontem à noite na RTP1, beneficiando também das infelizes declarações de Manuela Ferreira Leite na Madeira, quando apontou a região como grande exemplo de democracia, por contraponto ao clima de asfixia democrática que se vive no Continente, segundo a líder social-democrata. Muita água irá ainda correr até dia 27, mas acredito que dificilmente o PS não será o partido mais votado e naturalmente convidado a formar governo. No entanto o cenário previsível aponta para um resultado longe da maioria, o que pressupõe uma de duas alternativas, coligação ou governo minoritário. A bem da tão apregoada estabilidade, reclamada por diversos quadrantes, o PS face à impossibilidade de coligações à esquerda, bem patentes ontem no debate, com parceiros que defendem um regresso às nacionalizações, irá certamente piscar o olho ao PSD para refazer o bloco central que ninguém afirma desejar, mas pelo qual muitos suspiram. O maior obstáculo será o clima pessoal de verdadeira guerra entre as direcções de ambos os partidos, mas se recordarmos que em 2002 os sociais-democratas também diziam de Paulo Portas o que Maomé não disse do toucinho, não custa a crer num qualquer golpe de rins na Buenos Aires, mesmo que para tal seja necessário realizar alguns ajustes na liderança, afinal o partido conta com vários quadros que não estão dispostos a continuar atravessando o deserto, quando existem possibilidades de ocupar parte dos lugares disponíveis no universo do cada vez mais tentacular Estado português. Os programas à primeira vista totalmente incompatíveis, até estão mais próximos do que muitos julgam, o PSD quer suspender e reavaliar o TGV, algo que o PS pode facilmente conceder, desde que após a "reavaliação" seja decidido avançar, o aeroporto será construído por módulos, mas construído, a AE cor de rosa poderá ver a construção de alguns troços adiados, avançando na sua maior parte. Quanto a matérias fiscais, saúde ou segurança social, com alguma cedência de parte a parte, se chegará a consenso, nem que para tal sejam necessários os bons ofícios do actual inquilino do Palácio de Belém, para quem tal cenário significaria uma real possibilidade de renovar o contrato de arrendamento que expira em 2011, por mais cinco anos.

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