Bússolas
Há pessoas que têm um apurado GPS interno que as orienta nas escolhas. A opção por virar à esquerda ou à direita não lhes apresenta dificuldades, como se lhes bastasse seguir em frente. Outras como eu, mas sem a beleza da poesia, definem-se pelo não, não vou por aí. Não vou por um estado que tenha a arrogância de me achar incompetente para fazer as minhas escolhas. Não vou pela produção legislativa como a solução para todos os problemas. Não vou pelas injecções de capital em empresas escolhidas a que, eufemisticamente, chamam de incentivos à economia. Pelo contrário, prefiro poder comprar pão salgado que se venda ao lado daquele que não tenha sal; rio-me da proibição do uso de garrafas de plástico nos restaurantes que em nada contibuiu para a causa ambientalista; desconfio das empresas incentivadas com os nossos impostos e lamento aquelas que terão em consequência maiores dificuldades em serem competitivas. Posso não ter a certeza do meu rumo mas não duvido que o trilho por onde os sucessivos governos nos têm conduzido nos leva ao precipício. Por isso aceitei com prazer o convite para participar no Novo Rumo. Vemo-nos por aí.