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Novo Rumo

Novo Rumo

08
Set09

Espuma dos dias

Samuel de Paiva Pires

José Sócrates ganhou claramente o debate a Francisco Louçã. Estava longe de imaginar que isto pudesse vir a acontecer, especialmente porque já esperava um debate centrado no tema da economia, área de eleição e especialização de Louçã. A irritação que fez Sócrates sair mal na fotografia em querelas parlamentares com Louçã no passado não se fez mostrar. Pelo contrário, um José Sócrates calmo desconcertou Louçã, algo nervoso. O segundo trunfo de Sócrates foi limitar-se a desmontar os preconceitos ideológicos patentes no programa do BE, que Louçã teve o displante de desmentir. À questão das nacionalizações Sócrates perguntou de forma muito clara, e que serve para todos quantos intelectualmente retrógados e apologistas do colectivismo: "No dia seguinte a nacionalizarmos a banca, os seguros, a energia, estaríamos melhor?". Pois não, não estaríamos. A prová-lo estão todas as experiências do comunismo real, exemplos gritantes do crasso erro de ter uma economia centralizada, planificada e totalmente dirigida pelo estado. Como Sócrates apontou, as nacionalizações levaram sempre à total miséria.

 

Já ontem Paulo Portas tinha feito o mesmo em relação a Jerónimo. O problema de Jerónimo e de Louçã são os exacerbados preconceitos ideológicos. Ambos preferem que o sistema de saúde seja inteiramente público, esquecendo-se da atrocidade que são as eternas listas de espera para cirurgias tão simples como a remoção de cataratas. Como muito bem colocou Portas, "Em nome de que ideologia deve um doente ficar à espera de uma consulta?"

 

Entretanto, quanto à visita de Ferreira Leite à Madeira, subscrevo na íntegra o Carlos Abreu Amorim: "Não é possível andar a representar convictamente o ‘Portugal de Verdade’, tentar ser a encarnação da democracia transparente, espalhar reclames em toda a parte acerca do respeito pelas pessoas, jurar que, ao contrário dos adversários, nunca irão asfixiar democraticamente ninguém e, acto contínuo, branquear aquela espécie de Chávez insular. Porque são precisos uns votitos. Porque, para ganhar, o PSD de Manuela Ferreira Leite é capaz de tudo. Como qualquer outro partido ou político profissional."

 

Hoje viu-se também, na SIC, uma peça jornalística que mostrou a faceta mais pessoal de Paulo Portas, um homem descontraído e à vontade em frente das câmaras, como é seu apanágio. E na sua visita ao mercado mensal de Évora, foi certeiro como sempre, criticando os caciquismos e o país onde o estado é o maior empregador, especialmente por intermédio das câmaras municipais, onde muitos têm medo de perder o seu emprego.

 

Aproveito ainda para, em relação ao post da Cristina, afirmar apenas que o único partido merecedor do meu voto, tal como o foi nas europeias, é o CDS, pelo que respondo "sim" ao mesmo apelo, subscrevendo ainda o André Azevedo Alves:

 

Concordo que o melhor do CDS está quase todo no Rua Direita (falta por exemplo o Michael Seufert, insurgente, líder da Juventude Popular e número 4 na lista pelo Porto) mas o ponto fraco do partido é o pior do CDS que, apesar de não estar no Rua Direita, continua a ter um peso decisivo na direcção nacional do partido e na respectiva agenda.

Quando o melhor do CDS determinar o rumo do partido talvez o partido possa ter o fio condutor que faz falta à direita em Portugal. Até lá, ficam os contributos de um excelente blogue que está bastantes furos acima da direcção do partido que apoia.

 

(também publicado no Estado Sentido)

08
Set09

Vai ser assim

Nuno Castelo-Branco

 

 

Em resposta ao anterior post da Cristina, tenho pensado muito no assunto. Sem sequer mencionar os problemas nacionais da "grande política", hoje sinto com mais acuidade os da cidade onde vivo há tanto tempo. Não consigo separar os partidos que concorrem às parlamentares, do péssimo  serviço que têm prestado nas autarquias, neste caso, a de Lisboa.  

Ainda não ouvi Costa ou Santana apresentarem ao eleitorado qualquer promessa política que vá no sentido de preservar arquitectonicamente a cidade de Lisboa, ou pelo menos, de liquidarem a desastrosa política de benefício de um terciário inútil e tentacular. Nada!  Ainda há semanas disse exactamente o mesmo ao Pedro Quartim Graça do MPT, que pela sua presença na lista santanista, pode atenuar o descalabro que já se adivinha.  Precisamos de resolver alguns ditos pequenos problemas catalogados como sectoriais e se lerem com atenção o programa que foca o interesse pelo ambiente e crescimento sustentável, terão uma surpresa. Não dependendo de betões, cash-flows e outras manigâncias do costume, diz a verdade que é necessária na prática quotidiana. No sistema que ainda vivemos, ninguém se descompromete dos conluios com o lucro a auferir dos negócios betonistas e financeiros. Limitam-se a firmar posições e garantir as mordomias velhas de décadas. Basta.

 

Sinceramente, a conversa de fast-food dos debates entre "lideres nacionais", pouco importam, dada a situação a que chegámos. Se os resultados eleitorais ditarem uma caótica situação de ingovernabilidade, talvez seja isto uma forma de iniciarmos um novo rumo, reorganizando o mapa político e adoptando as medidas necessárias para salvar o país.

 

O voto dito útil, consiste num descarado insulto à inteligência, ou pior ainda, uma forma de permanente chantagem agiota, obrigando-nos à humilhação do pretenso "mal-menor". Eles não se comprometem e eu também não. Não darei o meu voto aos "5 grandes". Está decidido.

08
Set09

Foram várias já as campanhas eleitorais

Cristina Ribeiro

por que passei, e em todas achei que  havia despesismo a mais, num país pobretanas como o nosso: dinheiro dos nossos impostos que deveria ser aplicado nas tantas carências que por aí grassam. Imoral, sempre me pareceu;  para esclarecer ( ? ) as pessoas não chega a televisão, rádio e jornais? Para quê tantos cartazes?

Mas esta tem suplantado tudo: qualquer rotunda está a abarrotar de enormes " outdoors ", e em qualquer espaço a jeito, lá está um senhor político com as promessas da praxe.

Que bom seria terem os partidos em mente o discurso que António Barreto fez em Santarém no dia 10 de Junho: " Mais do que tudo, os portugueses precisam de exemplo "; mas, mais uma vez vigora o discurso de Frei Tomás.

08
Set09

A fé move economias

Elisabete Joaquim

 

To act and produce, businessmen require knowledge, the possibility of rational calculation, not "faith" and "hope" - above all, not "faith" and "hope" concerning the umpredictable twistings within a bureaucrat's head.

 

Nathaniel Branden, in «Common Fallacies About Capitalism».

08
Set09

The Global Competitiveness Report 2009-2010

Jorge Assunção

U.S. Displaced by Switzerland as Most Competitive (mas Gadaffi, o líder líbio, tem uma solução para voltar a colocar os Estados Unidos no topo). Já Portugal ocupa um brilhante 43º lugar. Mas vale a pena analisar as classificações atribuidas ao nosso país (fonte):

 

 

Quais as variáveis que mais contribuem para a péssima posição de Portugal no ranking? Nacional savings rate (113ª posição); Government debt (117ª posição); Hiring and firing practices (129ª posição); e Firing costs (114ª posição). Ou seja, poupamos pouco pelo que os investimentos que fazemos não são financiados pelo nosso dinheiro, o endividamente excessivo é um problema bem real e a legislação laboral é um cancro tal como tenho apontado por diversas vezes.

 

A propósito, vale também a pena ler este texto do Rui Castro.

08
Set09

teoria simplex das luvas

vitorjesus

Teoria Simplex das luvas inglesas:

 

O próprio José Sócrates criou o rumor de haver confirmação das luvas, por parte da polícia inglesa, para assim poder acusar Paulo Rangel de ter usado as suas recentemente adquiridas influências europeias de querer difamar José Sócrates.

 

Ao que o PSD acrescentou "Só o PS é que ganha com este caso."

 

É que é mais ou menos assim que o Simplex anda a explicar o cancelamento do Jornal Nacional.

08
Set09

era uma vez uma arriba

Elisabete Joaquim

Apesar do Ministro do Ambiente afirmar

 

isto: «Por mais intervenção que haja há sempre um risco potencial, porque um terço da costa portuguesa é arriba, mas não há nenhuma zona concessionada em situação de risco»,

 

isto: «Fora das zonas balneares há áreas assinaladas como de risco e as pessoas devem ser responsáveis»,

 

e isto: «margem de imprevisibilidade na natureza»,

 

conclui isto: 17 arribas vão ser demolidas


08
Set09

Pareto e a saída do pântano económico em Portugal. (7)

zedeportugal

(continuação daqui)

 

Tudo o que descrevi no texto anterior é, não só perfeitamente exequível, mas também razoavelmente simples de concretizar. Respondendo às questões colocadas:

 

1ª. Se os senhores Professores Doutores portugueses não quiserem aproveitar a excelente oportunidade de fazer parte de um grupo de investigadores de excelência, não faltarão senhores Professores Doutores espanhóis que não desperdiçarão essa oportunidade.

2ª. Os investimentos são muito moderados, pois as estruturas de base já existem. Basta adaptá-las e equipá-las de forma faseada, à medida que os alunos e as valências forem progredindo e aumentando de número.

3ª. Existindo as estruturas, esta acção pode ser posta em prática muito rapidamente. Bastará um ano, se houver vontade política (e um ministro que não seja gago), para criar e aprovisionar com o essencial os novos cursos e departamentos nas universidades. Bastarão cinco anos para começarem a praticar os primeiros estagiários.

Muito importante: Os novos cursos deverão ser de acesso universal, ao contrário deste aprovado por este governo – como não podia deixar de ser. Estas criaturas quase não fizeram outra coisa durante toda a legislatura: criar regimes de excepção e legislação de aplicação particular ou restrita, o que é gerador de grande injustiça e desigualdade entre os cidadãos.

 

Por outro lado, a fixação da nova população colonizadora (de anciãos) trar-lhe-á também outras vantagens, nada negligenciáveis. Há uma diminuição das despesas para quem habita em pequenas cidades, vilas e aldeias. Muitos produtos e serviços são efectivamente mais baratos. A vida será, eventualmente, um pouco mais rude, mas muitíssimo mais simples e saudável.

 

O problema é que quem pode, continua a tomar decisões absolutamente opostas à boa Economia.

Já seguir darei um exemplo disto – e não são só os poderes públicos, como verão.

 

(continua)

 

08
Set09

Sabão 2009

jorge

Quem segue as lides informáticas está habituado à nomenclatura. MS Office 2007; Visual Studio 2005; Norton AntiVirus 2009; etc. Tratam-se de produtos assentes numa lógica comercial de sucessivas versões, que resolvem alguns problemas antigos e que  criam novos em consequência de funcionalidades adicionadas. A ideia "Sócrates 2009" segue esta lógica de produto. A segunda versão da suite que em 2005 teve a maior quota de mercado está aí em versão rebranded, a prometer funcionalidades revistas, apesar do inalterado core não permitir melhores performances do que aquelas demonstradas ao longo de quatro anos e meio.

 

Olhar para Sócrates 2009 como um produto lança luz sobre muitas questões, desde o insistente recurso a slogans, como os do PSD sem ideias ou do PSD que só quer rasgar, até à estratégia de venda baseada na construção de uma imagem de marca em vez de se discutirem ideias para a governação. Como em qualquer produto, há a considerar as questões de publicidade falsa, para que não se compre gato por lebre. Finalmente, é preciso ter em mente que a aquisição de um tal produto é uma compra a crédito, paga em prestações não necessariamente suaves chamadas de impostos. Boas compras e, já agora, leia as instruções de uso. É que este é um artigo que vem sem garantia.

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