No fundo há uma guerra civil em Portugal. A história dos sobreiros conservadores nas ultimas eleições são uma brincadeira para o que se anda a passar agora.
Aliás, acho que começo a dar razão a MFL quando fala da asfixia democrática. Apetece dizer que "ela lá saberá do que fala". Porque admitindo que um partido despede jornalistas, o outro usa-os para uma campanha do mais baixo nível que há memória. É que ela é parte deste sistema.
A guerra que começou com o Freeport/SLN já está demasiadamente descontrolada para manter a regra de ética de não se discutir abertamente em campanha estes assuntos. Foi um gesto nobre de todos os políticos (excepção à roubalheira de Vital Moreira, obviamente).
A guerra civil de influências já não pode ser contida. E é uma pena porque, se não fossem estes podres, a campanha eleitoral até estaria interessante e construtiva. Esta história de notícias encomendadas e directores do (ex-sagrado) Público a editarem mentiras é algo que nunca imaginaria possível de acontecer. Até pela imbecilidade e primarismo que manifestam. De tal forma que também achei que era "um disparate de Verão".
Cavaco Silva tem de se explicar -- sem deixar dúvidas -- porque, e digo mais com a emoção do que com a razão, ainda vai sendo o último reduto de credibilidade.
É preferível um presidente fraco e ingénuo que não controla o seu staff do que um presidente falso e mesquinho que alinha nestas estratégias tão imbecis quanto obscenas.