No dia 27 de Setembro, confesso, espero e desejo que o laranja se sobreponha ao rosa (especialmente porque algumas opções governativas que uma vitória rosa, mesmo que sem maioria, pode originar são extremamente preocupantes), mas cada vez tenho menos dúvidas que é para um bloco central que caminhamos. Contudo, se pudesse escolher, jogando com os partidos e as opções mais viáveis em jogo, a minha primeira opção seria uma maioria absoluta do PSD. O second best era uma coligação PSD + CDS. E em terceiro lugar uma coligação PS + CDS. O surgimento do bloco central como a solução mais viável, uma alternativa que, para mim, também ajuda a explicar o programa prudente do PSD (que, poderia ter sido escrito, pelo labour inglês ou pelos sociais democratas alemães), terá um efeito profundamente nefasto. O próximo governo terá de governar em clima hostil, com a situação social do país a deteriorar-se, com uma taxa de desemprego que não baixará tão depressa e com um quadro de previsões para o crescimento económico durante a legislatura assustador. Imaginem esta situação: quatro anos de bloco central com o nível de vida a descer de forma notória. O que esperam que aconteça à linha preta no gráfico que representa o BE?
(gráfico via: margens de erro)