Ver o PSD admitir o Bloco Central (Mota Pinto e Deus Pinheiro, com as responsabilidades políticas que agora desempenham, falam pelo PSD) mais não é do que ver o PSD afirmar que a governação socialista é assim-assim. Ou que tem remédio, desde que o remédio seja o braço dado dos sociais democratas.
Diz Adolfo Mesquita Nunes e eu concordo. Mas não ficaria admirado se no pós-27 de Setembro, em função do resultado eleitoral, existisse uma coligação PS/CDS. É um cenário improvável? Talvez, mas não me parece que seja impossível. E nesse aspecto subscrevo esta observação de Rui Albuquerque:
Se o PSD quer ser alternativa ao PS, se entende, como bem afirmou Manuela Ferreira Leite, que o caminho do estatismo protagonizado por aquele partido no governo não serve para Portugal, então tem de dizer claramente ao país que em cenário algum se coligará com o PS. O mesmo raciocínio pode e deve aplicar-se igualmente ao CDS: admite o partido do Caldas uma coligação pós-eleitoral com o Partido Socialista, ou não?