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Novo Rumo

Novo Rumo

23
Set09

Carimbos de campanha

Jorge Assunção

 

Elevado desemprego? Crescimento económico paupérrimo? Não foi culpa do actual governo. A culpa foi da crise internacional. Que nunca, durante a actual legislatura, a taxa de desemprego tenha sido inferior à existente quando o governo tomou posse, pouco importa. Que as previsões futuras para o crescimento económico nacional, num eventual cenário pós-crise, apontem para manutenção de desemprego elevado e continuação das taxas de crescimento diminutas, não é motivo para preocupação, afinal, essas instituições já erraram e podem voltar a errar. Que nos indicadores de competitividade internacional, destacados no programa eleitoral que serviu de base ao actual governo, tenhamos caído a pique, é um faits-divers. Que, já em 2008, o governo tenha sido obrigado a recorrer a receitas extraordinárias para manter o défice abaixo dos 3% e que em 2009 o défice vá disparar de tal forma que o país bem pode voltar ao discurso da tanga num futuro não tão distante quanto isso, é assunto a ignorar. O endividamento é um mito e o TGV é o caminho do progresso e da modernidade. Que a minha geração, em inicio de carreira, tenha como perspectiva não alcançar o nível de vida dos seus pais, é conversa de velho do Restelo.

Tudo correu bem, o que correu mal não é culpa nossa e se em alguma coisinha a culpa foi nossa, já mudamos para melhor. Avançar Portugal.

20
Set09

Campanha?

Ricardo Cataluna

TGV. Asfixia democrática. O Fascismo vem aí! Os espanhóis não mandam nisto! Devia haver uma aliança à esquerda. Devia haver uma aliança à direita. A política de direita que nos governa há 30 anos. Nos últimos 14 anos, 11 são de maioria socialista. A licenciatura de domingo. As casas de Sócrates. A impreparação de Ferreira Leite. Louçã contra os ricos e os PPR's. O Presidente acha que está a ser escutado. Jornalistas que fazem fretes ao poder político. Jornais que divulgam mails de outros jornais. Bloggers, muitos deles com cabeça, despejam azedume e fanatismo. Os comentadores despejam azedume, fanatismo, e estão cada vez mais profissionais. Sócrates veste-se bem e tem ideias. Ferreira Leite não se veste bem e não tem ideias. Sócrates é sexy. Ferreira Leite não.

Regra geral, as discussões na campanha eleitoral não andam muito longe disto. As campanhas eleitorais estão cada vez mais profissionais, esquizofrénicas e com requintes de malvadez. Na última semana, quantas vezes ouvir falar da acção política de Sócrates durante a legislatura? Quantas vezes ouviu falar de Desemprego, Economia, Política Fiscal, Justiça, ou  Educação?

O caro leitor identifica-se com este estado de coisas na política portuguesa?

 

Texto também disponível n' O Bom Gigante.

18
Set09

Dias agitados na comunicação social

jorge

Ventos de tempestade:

  • alterações editoriais na TVI;
  • um jornal que faz manchete sobre notícias de outro jornal;
  • a notícia que é lançada anunciando a saída do director do Público sem que este disso soubesse;
  • a ERC a querer controlar quem comenta na comunicação social durante a campanha eleitoral;
  • um primeiro-ministro a transformar uma estação de televisão e um jornal em adversários políticos;
  • e essa televisão e esse jornal precisamente sob fogo cruzado.

Isto é apenas campanha eleitoral ou é sobretudo campanha eleitoral?

Já agora: está preparado o lodo para não se falar dos problemas do país por mais uns dias de campanha eleitoral. Por este andar, chegaremos a dia 27 sem que tiradas socialistas como "equilibrámos as contas públicas", "a educação melhorou" e "modernizámos o país" sejam devidamente analisadas. A oposição continua a ir em folhetins sem de facto marcar a agenda política. 

17
Set09

Sim, isto é uma mensagem eleitoral

P.F.

Não gosto de mensagens eleitorais, contudo, em democracia que depende exlusivamente dos partidos políticos e dos respectivos resultados eleitorais, muito do destino do País é condicionado pelos mesmos.

Independentemente da poluição sonora e visual de ideias e frases bacocas, projectos incompletos e mentirosos e, em suma, de todo o oportunismo, situacionismo e devorismo próprios da partidocracia nacional, há coisas que realmente os Portugueses poderão decidir nestas eleições - por incrível que possa parecer...

 Assim:

  • Se querem finanças a  extorquirem-nos constantemente os proventos, poucos ou muitos, que temos e de modo inaceitável a intrometer-se na nossa vida privada, como por exemplo nas doações entre particulares;
  • Se querem manter a actual ineficácia  serviços de saúde e de ensino, dependentes do Estado;
  • Se querem um Estado com despesas crescentes de intervenção social em benefício de quem faz dos subsídios modos de vida;
  • Se querem que as contas públicas se afundem em TGVs e Aeroportos para consumo "ibérico" ou "iberista" (seja lá o que isto queira dizer, perguntem ao Sr. Lino, que até é ministro e tudo...);
  • Se querem manter a desautorização permanente das forças da autoridade com uma legislação permissiva e com o contínuo desinvestimento quanto às forças policiais e judiciais;
  • Se querem continuar a ver as causas fracturantes, tais como casamento entre homossexuais, eutanásia, discriminação positiva, etc. a terem lugar de destaque, enquanto outros assuntos de interesse nacional são, convenientemente, escamoteados;
  • Se querem manter e/ou expandir a actual legislação pró-aborto, isto é o assassinato subsidiado com o dinheiro de todos nós;

Pois então, votem no PS e em especial no BE, esse fenómeno comercial, perdão eleitoral, que promete ser a muleta de salvação socialista, para bem de todos nós. Não menciono o PCP pois em relação a esses ninguém vai ao engano, valha-nos isso...

No entanto, não garanto, nem eu nem ninguém, que com os outros, à direita do PS, alguns dos factores mencionados não possam continuar a ocorrer. Contudo, uma coisa é certa, com um governo PS isto irá garantidamente suceder, e com maior intensidade se for um governo PS-BE.

08
Set09

Sabão 2009

jorge

Quem segue as lides informáticas está habituado à nomenclatura. MS Office 2007; Visual Studio 2005; Norton AntiVirus 2009; etc. Tratam-se de produtos assentes numa lógica comercial de sucessivas versões, que resolvem alguns problemas antigos e que  criam novos em consequência de funcionalidades adicionadas. A ideia "Sócrates 2009" segue esta lógica de produto. A segunda versão da suite que em 2005 teve a maior quota de mercado está aí em versão rebranded, a prometer funcionalidades revistas, apesar do inalterado core não permitir melhores performances do que aquelas demonstradas ao longo de quatro anos e meio.

 

Olhar para Sócrates 2009 como um produto lança luz sobre muitas questões, desde o insistente recurso a slogans, como os do PSD sem ideias ou do PSD que só quer rasgar, até à estratégia de venda baseada na construção de uma imagem de marca em vez de se discutirem ideias para a governação. Como em qualquer produto, há a considerar as questões de publicidade falsa, para que não se compre gato por lebre. Finalmente, é preciso ter em mente que a aquisição de um tal produto é uma compra a crédito, paga em prestações não necessariamente suaves chamadas de impostos. Boas compras e, já agora, leia as instruções de uso. É que este é um artigo que vem sem garantia.

02
Set09

"Suspeito que quem não quer fazer comicios é porque não os pode fazer"

Jorge Assunção

É o que afirmou Sócrates, à saída do debate na TVI com Paulo Portas, sobre a estratégia de Ferreira Leite de não realizar comícios.

 

Pois eu gostava de ver Sócrates, independentemente de fazer ou não comícios, a realizar uma campanha de proximidade, que ao contrário do que Jerónimo de Sousa pensa (ou finge pensar), obriga a um contacto muito mais permanente com o eleitorado, num ambiente menos controlado do que o dos comícios, onde os presentes são todos fiéis ao partido. Mas suspeito que o querído líder não pode fazer campanha de proximidade porque sabe ao que se sujeita se andar a passear na maior parte das ruas deste país. Afinal, este é o primeiro-ministro que utilizou várias vezes a porta das traseiras como saída.

30
Ago09

Modernaço

jorge

Ontem, José Sócrates chamou a si a luz, secando as trevas em seu redor:

«O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou hoje que nas próximas eleições legislativas estará em jogo uma escolha entre duas mundivisões, entre o progresso e a modernidade dos socialistas, e outra retrógrada e conservadora.» Público 29.08.2009

 Se «progresso e a modernidade dos socialistas» é

  • Projectos PIN
  • Ajustes directos
  • Os contratos dos contentores de Alcântara
  • Financiamento dos computadores Magalhães
  • Fundação das Telecomunicações para as Redes Móveis
  • Parque Escolar: Estado pagou a arquitectos mais de 20 milhões de euros sem concurso
  • Auto-estradas 57 por cento mais caras do que as propostas iniciais»
  • Salvar bancos
  • Armando Vara na CGD
  • Jorge Coelho na Mota Engil
  • Financiamento partidário: 1 milhão de euros em dinheiro vivo
  • Ajuste directo: Governo finta limites
  • As aulinhas de inglês e o caso da empresa Know How
  • Projecto de leis sobre locais para piercings
  • Legislar sobre a quantidade de sal no pão
  • Ninjas da ASAE e controladores da ERC
  • Entrar na intimidade daqueles que não querem os deveres e direitos do casamento

então eu prefiro a mundivisão «retrógrada e conservadora».

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