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Novo Rumo

Novo Rumo

28
Set09

Dispersão dos anti-sistema

P.F.

Independentemente dos resultados dos partidos do arco parlamentar, em relação aos quais destaco o resultado muito positivo do CDS-PP em contraste com o enorme fiasco do PSD - o que vem a demonstrar que o eleitor à direita do PS está farto do discurso ambíguo, cinzentista e socialóide do "centrão" -, tenho sempre de dar uma palavra aos partidos de direita que estão fora do sistema. Apesar da precariedade de seus votos, não deixam de representar as preocupações e o pensamento de muitos portugueses, embora muitos destes, por desconhecimento ou opção em favor dos partidos do sistema, não lhes depositem os seus votos. O PND, o PNR, o PPM e, o mais recente, PPV possuem nas suas fileiras indivíduos com capacidades intelectuais e de trabalho consideráveis, embora, evidentemente, entre outros talvez menos valorosos. O voluntarismo pouco articulado e as "guerras de alecrim e manjerona" na partidarite portuguesa levam a uma dispersão de diversos indivíduos, muitas vezes com ideias bem definidas, em partidos sem meios nem representatividade suficientes para saírem da "cepa torta". Neste caso, há que dar o braço a torcer em relação ao Bloco de Esquerda, pois a partir de um aglomerado de partidos e grupos pequenos anteriormente dispersos e sem chances de progressão deu origem a um partido que tem vindo constantemente a crescer em termos de votação e ontem disputou taco a taco a terceira posição com o CDS-PP. Enquanto a direita anti-sistema não fizer isto, de pouco valerá andar pelos blogs a discutir nacionalismos, monarquia e revisão constitucional. Para mudar o sistema é preciso conhecê-lo de modo a saber aquilo que se pode e/ou deve mudar.

18
Ago09

Em nome da liberdade - Ayn Rand e os colectivistas

Samuel de Paiva Pires

 

Foreword de Anthem, escrito em Abril de 1946:

 

"The greatest guilt today is that of people who accept collectivism by moral default; the people who seek protection from the necessity of taking a stand, by refusing to admit to themselves the nature of that which they are accepting; the people who support plans specifically designed to achieve serfdom, but hide behind the empty assertion that they are lovers of freedom, with no concrete meaning attached to the word; the people who believe that the content of ideas need not be examined, that principles need not be defined, and that facts can be eliminated by keeping one's eyes shut. They expect, when they find themselves in a world of bloody ruins and concentration camps, to escape moral responsibility by wailing "But I didn't mean this!"

 

Those who want slavery should have the grace to name it by its proper name. They must face the full meaning of that which they are advocating or condoning; the full, exact, specific meaning of collectivism, of its logical implications, of the principles upon which it is based, and of the ultimate consequences to which these principles will lead.

 

They must face it, then decide whether this is what they want or not."

 

Como é normal na sua escrita, esta é mais uma daquelas passagens extremamente assertivas, envolventes e poderosíssimas. E tendo o acima exposto em mente, aplaudo quando defensores da escravidão como o PCP, mesmo que alegadamente combatentes pela liberdade - aquela que Cunhal queria tirar aos portugueses substituindo a ditadura salazarista por outra de cariz comunista -, estes nem sequer fazendo parte daqueles que se escapam à responsabilidade moral pelas atrocidades cometidas em nome da sua ideologia, mostram aquilo que realmente são ao defenderem a total nacionalização da banca comercial. Por outro lado, Sócrates e o actual Governo PS continuam a incessante caminhada rumo à crescente dependência de toda a sociedade em relação ao Estado que cada vez mais se confunde com o partido rosa. Todos eles grandes combatentes pela liberdade, anti-fascistas e que dispensam lições de democracia seja de quem for.

 

É tão simples quanto aquilo que Rui Ramos há tempos escrevia: "Os caminhos da liberdade são muitos e misteriosos. Mas talvez só à direita se possa perceber isso. Fui para a direita para ser livre".


(este é o 10.º post de uma série intitulada Em nome da liberdade, no Estado Sentido).

11
Ago09

Eu, o vanguardista da nova escola

Elisabete Joaquim

José Sócrates escreveu um artigo de opinião no JN onde define esquerda à custa de direita, ou vice-versa, usando para tal a categoria de tempo e a dicotomia futuro/passado.

 

A palavra “futuro” aparece nove vezes no texto, igual número de vezes que palavras da família do “moderno”(/”modernização”), para definir a esquerda, em contraposição a expressões referentes ao tempo passado, também contadas nove vezes, que pretendem definir a direita. O que é novo é bonito, o que é velho cheira a mofo.

 

A esquerda moderna assume-se, com Sócrates de forma ainda mais visível, como uma corrente estética motivada pela “urgência” da acção, sem qualquer reflexão acerca da legitimidade, eficácia ou consequências da mesma: o que interessa é agir urgentemente de modo a trazer o futuro ao presente o mais rápido possível; andar para a frente por andar é ser moderno. Sócrates auto-proclama-se vanguardista, criador do novo, que os outros não acompanham por insensibilidade estética à força do futuro. Sei que insisto nas metáforas da Estética, mas tal é inevitável dado o vazio filosófico por trás de uma ideologia da bondade da acção em si mesma, que enaltece o novo por si só, independentemente das suas qualidades concretas.

 

Mas numa coisa Sócrates terá acertado: grande parte da direita é apenas o revés dessa estética de esquerda, enaltecendo a conservação em si mesma, independentemente da reflexão no valor moral daquilo que se pretende conservar.

 

Para ambos a categoria de tempo é essencial. Para um a ideia utópica de progresso, para outro a ideia romântica de paraíso perdido.

 

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